OQUE FAZER CASO SEU CARTÃO DE CRÉDITO SEJA CLONADO

Por Tom Canabarro*


Você certamente conhece alguém que já teve o cartão de crédito clonado e utilizado para alguma compra indevida na internet, ou talvez até mesmo você já tenha passado por este problema. No entanto, muitas pessoas não sabem exatamente por que isso acontece e nem o que devem fazer quando são vítimas deste tipo de crime, cada vez mais comum em nosso dia a dia. Sempre há inúmeras dúvidas a respeito deste tema, e pior: por falta de informação, o consumidor acaba tomando algumas atitudes equivocadas para se proteger, mas acaba ficando ainda mais vulnerável a golpes.

O cartão de crédito é a forma de pagamento mais utilizada na internet - só no Brasil, 70% das transações são feitas assim, segundo levantamento feito pelo gateway de pagamentos Moip, em parceria com a Keyscores. No entanto, um estudo feito pela Oberthur Technologies mostra que 28% das pessoas que compram no e-commerce já foram vítimas de fraudes e 70% delas modificaram o comportamento de compra depois disso.

Mas será que mudar de comportamento e deixar de fazer compras pela internet é a atitude correta? Confira, abaixo, as principais dúvidas de quem é vítima da clonagem de cartão de crédito e as nossas dicas de o que fazer nessa situação.

Vou perder o dinheiro daquela compra indevida com o meu cartão?


Não. Basta ligar para o seu banco ou para a operadora do cartão de crédito e informar a compra que você não reconhece na fatura. O cartão será cancelado automaticamente e a cobrança na fatura será cancelada.


Como clonaram meu cartão?

Talvez você nunca saberá como o seu cartão de crédito foi clonado. Ele pode ter sido utilizado para um crime online, mas o vazamento dos dados pode ter ocorrido tanto na internet (por conta de ataques de hackers e vírus ao seu computador ou ao de um e-commerce) como no “mundo físico” (algum caixa eletrônico ou maquininha de cartão tinha um “chupa-cabra”, que era capaz de interceptar os dados do cartão e enviá-los para os criminosos).


Foi a loja que clonou meu cartão?

Provavelmente não. O e-commerce responsável por aquela transação que você não reconhece na fatura do seu cartão também foi vítima do crime. Depois que você ligar para o banco e solicitar o estorno daquela transação, o dinheiro sairá da conta da loja - que, por sua vez, já deve ter enviado o produto para o criminoso e terá que arcar com aquele prejuízo. Porém, há alguns casos (muito mais raros) em que o próprio e-commerce é o responsável pelo crime.


Devo parar de fazer compras no cartão pela internet?

De jeito nenhum. O cartão pode ser roubado, copiado e usado para fraudes, mas o consumidor está protegido por contrato contra as cobranças indevidas. Se o cartão foi utilizado em alguma fraude, basta ligar para o banco e solicitar o estorno daquela transação.



Pagar por boleto é mais seguro?

Este é o erro mais comum entre os consumidores. O pagamento por cartão de crédito é sempre muito mais seguro em comparação ao pagamento por boleto. Afinal de contas, se você pagar um boleto falso, não há como pedir o dinheiro de volta - a não ser judicialmente, em um processo bem mais lento do que uma ligação para o banco.


Como eu devo me proteger?


Há algumas atitudes básicas que o consumidor pode tomar, como tomar cuidado com e-mails falsos (phishing), manter um antivírus sempre atualizado no computador e no smartphone e nunca enviar dados sensíveis de cartão de crédito (número, código CVV e validade) por e-mail, chat ou mensagem de texto - e nem realizar recadastros destas informações.

É importante frisar que adotar estas medidas básicas, infelizmente, não garantirá que o seu cartão de crédito jamais será clonado, pois em muitos casos o crime acontece sem que o portador do cartão tenha “culpa”. Por isso, o mais importante é que o consumidor se conscientize dos seus direitos e SEMPRE verifique cuidadosamente a fatura mensal do cartão, para que nenhuma cobrança indevida passe despercebida.

* Tom Canabarro é co-fundador da Konduto, sistema antifraude inovador e inteligente para barrar fraudes no e-commerce sem prejudicar a performance das lojas virtuais.




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